11 de fevereiro de 2008

Desejo


Desejo mórbido
Sonho sórdido
Fogo ardente
Alma eloquente
Dor crescente
Sensação dura
Prazer sem cura
Amor desmedido
Sentimento perdido
No escuro da penumbra
Entre a sanidade e a loucura
Entre a sedução e a ternura
Entre o medo e a doçura

9 de fevereiro de 2008

Memória




Dos ternos dias do passado recordo
Reflexo de um espelho da memória reflectindo
Vermelhas rosas de um Amor cálido




31 de janeiro de 2008

Bússola da vida



Destino,
sem rumo
deixado à deriva
casulo abandonado
paixão sem magia

Noites,
gélidas contidas
na essência do ser
solidão exacerbada
na ausência do prazer

Procuro,
o meu caminho
na bússola da vida
o magnetismo viciante
a minha fantasia

17 de janeiro de 2008

Cidade Sem Nome



Percorro a Cidade Sem Nome
por entre a multidão
à procura de um som angélico
sem rosto nem emoção
passo o muro e caio no abismo
percorro as vielas sem rumo nem destino

Buracos negros cavados no chão
por seres desesperados
entoando uma canção
embalo dormente do corpo pendente
possuído pela sombra do vício presente



1 de janeiro de 2008

De Meretriz a Actriz



Meretriz personificada em Actriz
no calor da noite
é realizada a paixão
que cobre
com o seu negro manto
a solidão
Do lupanar o cenário
sonhos imaginários
realizados
pelo pecado e luxúria
pelo prazer da loucura
Cortesã do desejo
deusa dos anseios
rainha do prazer
dos que comem a maça
e dela desejam morrer


30 de dezembro de 2007

Reflexos


Dentro do meu sentir
reflecte o teu ser
tudo o que você quer de mim
o desejo de permanecer
na essência da minha existência
no reflexo do meu viver

O meu reflexo é o espelho do teu...




23 de dezembro de 2007

Ternas horas


Das ternas horas passadas
Do reflexo do espelho reflectido
Sangrenta rosa de um Amor
Insaciado perfume deleito
Me encheu de volúpia
Numa noite de núpcias

Procuro o consolo
No calor do seu adorno
Que envolve o seu decote

Aguardo na temperatura tépida dos lençóis
Por aquela que um dia me cegou

21 de dezembro de 2007

Anjo da paixão



Anjo da paixão
acorrentado ao destino
grita por harmonia
numa uníssona alegoria
para despertar o sentimento
que o liberte deste tormento
transformado numa prisão
das crias descrentes
no amor verdadeiro
na vida em paixão
que só termina no mausoléu
junto ao céu
numa tela colorida
de cores garridas
pintadas em simetria
unidas numa sinfonia

15 de dezembro de 2007

Amor Eterno



Por todos os caminhos
Sinuosos e confusos
Por todos os sonhos
Perdidos e difusos
Nasce a esperança
Renascida da herança
Outrora perdida
Agora encontrada
Pelos segredos escondidos
Agora despertos
Pela crença mantida
Na força celeste
Que une os astros
Ao universo
Que une os corpos
Ao Amor Eterno

13 de novembro de 2007

Mar



Doce maresia se abate
na esbelta ondulação
harmonioso som liberta
água salgada revolta
que acalma na rebentação
Na vazante, brilho de luz
reflexo da lua cheia
terna a sua paixão
concubina da solidão
amante da saudade
espelho da emoção
Na sua água fria
encontro o calor
ténue da dor
da distância sentida
deste novo ardor


9 de novembro de 2007

Sede de prazer



Desejo desperto
da sede contida
um grito estridente
a vociferar harmonia
do prazer contido
em noites insípidas
pronto a desabrochar
numa extasiante alegoria

Sede de prazer
que em tua boca
vai beber...

8 de novembro de 2007

No teu olhar



No teu olhar
vejo a minha vida
a morfina
dos dias negros
da dor que corrói
dos estilhaços da ira
No teu olhar
vejo o refúgio á dor
da angústia contida
das noites mal dormidas
nele vejo a cura
a porta de saída

No teu olhar
vejo a minha vida...


7 de novembro de 2007

Tela



Queria pintar
uma tela
verdadeiramente
bela
onde o céu
fossem rosas
o sofrimento
ironia
e o Amor
Poesia...

5 de novembro de 2007

Grito para Ti


Flores encantadas
que te fazem sorrir
desejo ardente
olhar resplandecente
sentimento a florir

O anseio de dizer
é tão difícil de conter
a vontade de gritar
"AMO-TE"
para todos saberem

Grito de júbilo
para Ti...

1 de novembro de 2007

Lágrimas de sangue


Choro lágrimas ensanguentadas
por todos aqueles que este mundo deixaram
e um pedaço de mim levaram
...

29 de outubro de 2007

Metamorfose



A metamorfose
do ser
exacerbada
pelo tempo
deixa marcas
profundas
tatuadas no ventre

27 de outubro de 2007

Loucura




Sentimento perdulário
navegando à deriva
desalento acomodado
ira instigada
cólera contida
Desejo ardente
rogando ajuda
sanidade volúvel
desiquilibrada
fervilhando na cura
que perdura
nos momentos de tristeza
no capricho da loucura

24 de outubro de 2007

Vertigem


Vertigem sufocante
medo errante
dor agonizante
dolorosa
desgastante
receio tenebroso
assombroso
em Te perder
palavras não ditas
que teimo em não dizer

21 de outubro de 2007

Negra flor



Meu Amor,
Estranha flor
meu ópio
do prazer
com o poder
de fazer sofrer
fazer amar
de me fazer
enamorar
Teu poder,
Negra flor
teus espinhos
cortantes
marcantes
d'almas feridas
tua dor viciante
faz as minhas delícias
malícias
as tuas aveludadas pétalas
fazem-me carícias
deixam marcas
para a vida

Rodopio



Estou farto,
sinto a carência
vem sem indulgência
trespassa-me a alma
perco a calma

Não posso mais
viver neste tormento
de amor débil
sem cura,
nesta loucura

Este rodopio constante
causa-me tonturas
perco os sentidos
o tino,
neste desatino


15 de outubro de 2007

Vazio em mim


Cai a noite
com seu negro manto
abate-se o silêncio
alimenta-se o alento
de dor e paixão
Atinjo a minha condição
de amor e solidão
ódio e prazer,
a minha forma de ser
O clarão da aurora
ofusca as ruas
com angústia venerada
de uma vertigem assombrada

Tenho vontade de fugir
ao vazio do tempo
ao vazio em mim

13 de outubro de 2007

A dança da vida


Como é bela
a tua dança,
minha ninfa
enfeitiçada.
Teu jeito capaz
da minha alma
embalar,
do meu olhar
ofuscar,
nesse bailado
gracioso
charmoso,
me deixo enamorar.
A tua leveza
faz-me voar
acima das nuvens
mas perto do teu
olhar,
meu amor

A tua dança
faz-me sonhar.

12 de outubro de 2007

Formas de amar


Sozinho,
caminho sem destino
à procura desse olhar
que me faz alucinar
como a morfina viciante
como um sonho hilariante
pronto a despertar.
Procuro as respostas
para este vício constante
que me persegue
e encanta
que me provoca
e seduz
esta forma de ser
esta forma de estar
esta forma de te Amar...

Sozinho,
Amo o teu Amar...

10 de outubro de 2007

Sinto


Alucinado,
Sozinho.
Sinto amor faminto.
Mal amado,
cria abandonada,
progenitora desleixada.
Sozinho,
Sinto.
Desvairado,
Abandonado,
sinto amor dormente,
angústia.
Só.
Solidão carente,
Dor maior,
Abandono.
Sinto…

8 de outubro de 2007

Mergulho na alucinação


Mergulho na solidão da noite
no abismo da emoção
tudo são sombras
tudo são especulações

Procuro na ilusão
as respostas para a minha condição
o antídoto para a dor
uma nova convicção

Recorro à malícia
para seduzir o nirvana
procuro na plenitude
atingir o orgasmo

Mergulho na solidão da noite
à procura da alucinação

Não vês


Não vês
não sentes
não ouves

O sentimento
ardente
apaixonado
macabro e cego

Não vês
não sentes
não ouves

A paixão
a revolta
no tumulto
do caixão

Não vês
não sentes
não ouves

A razão
do ser
da existência
do poder

Não vês
não sentes
não ouves

A minha voz
a minha dor
o meu grito
o meu ardor

28 de setembro de 2007

Lupanar


Procuro no lupanar
uma meretriz capaz
da minha mente libertar
de o meu corpo levitar
para lá do mausoleu
onde se encontra
o belzebu
que liberta uma luz
quente
dormente
que anestesia o subconsciente
provoca um prazer ardente
um climax eloquente
um nirvana transcendente

Procuro no lupanar
uma meretriz capaz
das minhas fantasias realizar...

27 de setembro de 2007

Noite de Lua Cheia


Nas noites de lua cheia
transmuto num animal faminto
corro o fado à procura de virgens
percorro as origens
as ruelas escuras
espreito nos locais mais inóspitos
mais insólitos
para satisfazer a minha folia
Ao romper do dia
com a camisa rasgada
retorno a casa
com as pernas cansadas
com a pele suada
mas com a fome saciada
ansiando uma nova demanda
nesta procura infindável
de uma virgem mal-amada

26 de setembro de 2007

Foi fascinação



Foi fascinação
admiração
que me fez perder
o sentido
abrilhantou
o meu desígnio
despertou
o meu íntimo
e elevou-o
ao cimo
do Olimpo
num labirinto
faminto de saber
sedento de poder
onde posso ver
toda a razão
do ser
do querer
onde posso penetrar
no mais varonil
prazer


24 de setembro de 2007

Anjo Celestial


Procuro no escuro onde me esconder
deste medo possuído de te perder
procuro nas nuvens um sinal de ti
um Anjo Celestial com vontade de dizer:
"não tenhas medo, não vai acontecer"

Durmo com a luz acesa para te poderes guiar
para te poderes desviar de todas as tentações
para me encontrares sempre que quiseres
sem ter de pedir ou perguntar
basta seguir o luzir com o teu pensar

Estarei sempre à tua espera
perto do teu Olhar...

20 de setembro de 2007

Rendido


Sinto o corpo inerte
sem vontade de prosseguir
o alento desvaneceu-se
a força perdeu-se
entre batalhas renhidas

Sinto o olhar pesado
de tanta noite mal dormida
de tanto pensar esgotante
de tanto lamento sentido
de tanta luta perdida

A minha alma está ferida
com marcas deveras profundas
com cicatrizes incuravéis
das causas imputáveis
à minha desconfiança sofrida

Puta de Vida...

14 de setembro de 2007

Procuro na noite


Procuro na noite
uma sombra fugaz
uma silhueta nobre
como um gato que se esconde
no escuro danar

Procuro na noite
um sentido prestadio
de me ofuscar a mente
deturpar a lente
do meu ser imaginário

Escondo da noite
o meu lado sombrio
que carrego como destino
como sina traçada
por uma cigana mal-amada

12 de setembro de 2007

Malvadez


Tenho saudades
do teu gemer
no vulto das minhas palavras
de malvadez
do mordaz sorrir
que te faz sentir
um vil prazer
uma vontade de ter
a força de não sucumbir
ao mais profundo ser
de diva do dever

10 de setembro de 2007

Jardim do pecado


Procuro no meu jardim
o cheiro inebriante da paixão
o desejo do pecado
aquela sensação de imensidão
incitada pela loucura
pelo frenesim possuído
pelas feromonas libertadas
dessa essência macabra

Procuro no meu jardim
o sonho da liberdade
para o desejo ocultado
na rede da maldade
que vive ofuscado
pelas ninfas inebriantes
que por meros instantes
exalam o mau-olhado

Procuro no meu jardim
esse aroma radiante
libertado pelo teu corpo
pela respiração ofegante
pelos suores frios
pelo anseio contido
no prazer anunciado
pelo climax apaixonado

9 de setembro de 2007

Olha para mim...



Olha para mim,
nem que seja por um segundo
procura em mim,
respostas para o teu passado
temos uma história de mil páginas
e outras mil ainda em branco

Sente em mim,
o refúgio dos teus pecados
encosta-te a mim
e aquece o coração desolado
chora as lágrimas adormecidas
liberta-te dos teus sonhos solitários

Olha para mim
e vê-me do teu lado...

Casa (vem fazer de conta)

Tento ter a força para levar o que é meu
Sei que às vezes vai também um pouco de nós
Devo concordar que às vezes falta-nos a razão
Mas nego que há razões para nos sentirmos tão sós
Vem fazer de conta eu acredito em ti
Estar contigo é estar com o que julgas melhor
Nunca vamos ter o amor a rir para nós
Quando queremos nós ter um sorriso maior

6 de setembro de 2007

Alma vazia



Aparentemente mutilada
de uma luta árdua
ferida quente
assoberbada pela disputa
de uma alma penada

errante
sem pudor
nem preconceito

Coração trespassado
acorrentado às trevas
à espera da luz
que traga carícias
delícias de Minerva

gritos
ardentes
eloquentes

Reflexo estranho
causado pela ira
imagem fria
desgastada
rugas tatuadas

Alma vazia


  • Tatuagem de Chris Garver

4 de setembro de 2007

Sinceridade no olhar



Vagueio pela sombra
pela viela vazia
fria
tropeço na luz
que radia
da folia de um novo dia
de uma nova esperança
ao virar da esquina
O desejo de recomeçar
a procurar
a alegria
que se esconde
na avenida
com destino incerto
que cruza com um mundo aqui perto
à distância de um piscar
onde reina a paz
onde reina a sinceridade no olhar

2 de setembro de 2007

Silêncio


Silêncio sentido
coração adormecido
alma perdida
sentimento alado
desejo exuberado
Noites frias
cama vazia
escuridão arrepiante
silêncio sentido
solidão eternizante
Histórias contidas
procura infindada
felicidade desolada
esperança perdida
crença invocada

1 de setembro de 2007

Sorte maldita


Ensejo mutilado
despedaçado
crucificado
desdita
pelos nobres
harmoniosos
embelezados
pelo fado
obstinado
calejado
pela sorte maldita

31 de agosto de 2007

Gueixa do Prazer



Como é bela a tua beleza
minha imperatriz do sexo
fazes a dança do véu
dominas o meu desígnio
fazes-me perder o nexo

Crias fantasias com eloquência
ofuscas a essência
apelas ao meu lado belo
desobrigas a quimera
libertas a minha demência

Minha Gueixa do Prazer

30 de agosto de 2007

Heroina


Meretriz do destino
assédio do vício
fantasia do vigor
teu triste entristecer
a tua vitoriosa luta
sem trégua nem permuta
teu inegável prazer
Imputo-te a culpa
de todos os que residem
no mausoléu
Tua dança do ventre
que hipnotiza a mente
dos que se tentam esconder
da tua soberana dependência
Deusa do poder

29 de agosto de 2007

Doce amor

Desvairado sinto
pudor faminto
desejo endiabrado
anseio afamado
prazer inalado
Doce amor
ternura doentia
meretriz vadia

28 de agosto de 2007

Vagueio sem destino


Vagueio sem destino
sem sair do lugar
penso sem pensar
olho sem olhar
falo sem falar
Corro o mundo
com os olhos fechados
com os ouvidos tapados
sem respirar
Escondo-me
refugio-me
procuro o equilíbrio
sem procurar
Escuto sem ouvir
suo sem transpirar
admiro sem admirar
escrevo sem escrever

Vagueio sem destino
Vagueio no limbo
Vagueio sem vaguear

Sonho Teatral


Sonhos desvairados
imagens vazias
mundos inexistentes
dores correntes
cores garridas
Mentes despidas
negros véus
ensejos mórbidos
desejos sórdidos
vontade infernal
Ritmo teatral
encenação irreal
amor carnal
criação matrimonial
representação imoral

25 de agosto de 2007

Perfume


O perfume inebriante do teu corpo
enche-me a alma de prazer
liberta feromonas contagiantes
odores errantes
o cheiro de uma mulher

A fragância habita no ar
o desejo no teu leito
o meu corpo desperta
os meus olhos anseiam
os meus lábios deleitam

O impulso é difícil de ocultar
está envenenado pelo odor
o suor começa a escorrer
o sangue a rodear
o calor a exacerbar
o amor a florescer

Rua da Solidão

Vagueio pela rua
à procura da razão
desse amor mordaz
que me trepassa o coração
Cruzamentos sem sentido
estradas sem saída
caminhos cruzados
ruas de mentiras
Empedrados gastos
pela erosão
pelas vidas passadas
por quem se esconde da solidão
Tanta amargura
que já não tem cura
sem razão nem sentido
sem destino nenhum

24 de agosto de 2007

Tenho saudades...

Tenho saudades
das tuas carícias
delícias
da sensação
das tuas mãos
Tenho saudades
do teu cabelo
sedoso como a seda
dos teus lábios
húmidos
e sábios
Tenho saudades
do teu olhar
profundo
da tua boca
que me toca
ao falar
Tenho saudades
desse mundo
onde me levas
ao me
amar

21 de agosto de 2007

Solidão


Cai a noite e sinto-me só
desamparado nesta melancolia
estranho esta tristeza
a solidão do espaço
sinto o cansaço
a preguiça
Tento encontrar as palavras
as rimas
a ira
para descrever
esta fobia
Refugio-me na poesia...

20 de agosto de 2007

E se um dia...


E se eu escolhesse este caminho
longo e sinuoso,
Tu seguias comigo?
E se eu parasse neste sítio
ermo e perigoso,
Tu ficavas comigo?
E se um pássaro cantasse
um fio de som suave e harmonioso,
Tu dançavas comigo?
E se eu me cansasse
e o mundo ficasse mudo e silencioso,
Tu falavas comigo?
E se eu me deitasse
neste chão duro e poderoso,
Tu deitavas-te comigo?
E se um dia te dissesse
num tom sentencioso:
-Sinto-me só.
Tu ouvias-me?
  • Escrito por Twlwyth